segunda-feira, 2 de maio de 2011

Trevas


Estou desolada, ando nas trevas
e o que me ilumina é a
fogueira de corpos procurando beleza,
mas a vida já é cega, procuro,
mas até as flores já não tem aroma.
Procuro você mas você não me encontra.
A beira do abismo, o que nos segue é um passo,
um laço,
um pequeno raso vaso de luz.

Medida Certa




Venha apenas só bandejar meu sangue,
que leve suas sujas mãos,
pra você fabular que sabe minha dor,
sendo que nem conhece qual é
muito menos quem.....
Quê mesmo ?

Sinto uma dor tão doce,
me pega,
me leva de combinar
sofrer e sorrir
na medida certa.

Repouso



Já não se sabe se só é corpo ou lençol
ou somo e secreções.
Trancada nesse quarto é esquecer,
ser muito menos saber o quê ;
A porta é estar fechada parede,
prender o escuro ali consigo.
De outra forma abrir
seria raspar seu sangue e dor.

Venha



Vou arrancar as folhas
meter fundo as unhas
Mesmo que o papel sangre.

Vou doer para poder sorrir
mesmo que sangrando chega
que recusas ao teu ser.

Até que me matando possa resistir
vou apesar disso pedir que não demore....

a aceitar o que momento nos move
mesmo admitindo que o que diga juntos nos crave .