quinta-feira, 9 de junho de 2011

A morte




A morte vem de longe
vem do fundo do céu
Desce para os meus olhos
vira para os teus
Desce das estrelas
das lindas estrela
das louca estrelas
Trânsfuga de Deus
Chega impressentida
Nunca inesperada
Ela que é na vida
A grande esperada
A desesperada.
Do amor fatricida
Dos homens ! Dos homens
Que matam a morte
Por medo da vida.

A marca de uma lagrima



Ha o instante da chegada
E o momento da partida
Quanto a vida já vivi?
Quanto resta a ser vivida?

São dois espelhos quebrados
Dois vezes sete de má sorte
Já vivi dezessete anos
Quanto resta para a morte?

È fácil vê-la chegando
Em cada instante que se passa,
pois se começar a morrer
No momento em que se nasce.

Vou caminhar pra morte
não decidir o meu nascer
Da morte não sei o dia,
Mas posso saber !!!

Pedro Bandeira - 1986